Duque de Caxias


O Marechal Luiz ALves de Lima e Silva, Duque de Caxias, Provedor da Irmandade em 1871, assim definiu sua finalidade:

"Os laços da espada nos unem, as lides de guerra nos ligam e os braços da cruz nos abrigam.
Irmãos pela Cruz e Irmãos pela espada, a nossa missão é sagrada: santificar o culto do divino Senhor e aliviar da miséria as viúvas e filhos dos que seguem a nobre profissão das armas.
Eis a justa finalidade da sábia e religiosa instituição denominada Irmandade da Santa Cruz dos Militares".

domingo, 27 de fevereiro de 2011

História da Igreja Santa Cruz dos Militares



No lugar onde se encontra a igreja, havia, em 1623, uma forte à beira-mar denominado Santa Cruz. Com o progressivo envelhecimento do mesmo e a perda de sua função de defesa, os militares pediram ao governador da cidade, capitão Martins de Sá, licença para a construção de uma ermida, para que pudessem sepultar seus pares. O primeiro templo foi construído em 1628, recebendo o nome de Santa Vera Cruz. Formou-se então a irmandade, cabendo aos militares a obrigação de contribuir com dinheiro, em função do grau hierárquico, para sua manutenção. Em 1703, encontrando-se danificada pelo tempo a igreja de São Sebastião que servia de Sé, o bispo solicitou à irmandade que cedesse a capela para servir de Sé provisória. Foi assim que ela cumpriu esse papel até 1733. A irmandade que por decreto de 1828 foi considerada imperial, tinha Dom Pedro I como provedor. Entre 1780 e 1811, o templo foi totalmente reconstruído, sendo autor do projeto o engenheiro militar José Custódio de Sá e Faria. Em 1840, o prédio sofreu um grande incêndio e, em 1914, passou por uma nova reforma. Sua fachada, baseada no Templo dos Mártires de Lisboa, pode ser considerada uma fase de transição para o neoclássico. Reproduz o modelo das igrejas jesuíticas com as duas valetas compondo os dois pavimentos, os quatros nichos, doze pilastras e estátuas dos evangelistas. A construção apresenta a planta clássica, com nave única, dois corredores e uma capela-mor profunda. É interessante a posição da torre sineira, nos fundos, à direita. O interior teve sua decoração original executada por Mestre Valentim e quase totalmente destruída pelo incêndio de 1840. Em 1870, Mestre Antônio de Pádua e Castro reaproveitou o que sobrou e fez uma nova decoração, novamente modificada pela reforma de 1914. Na atual decoração, toda branca, os estuques se misturam com as talha. O emblema do Império com seus símbolos e condecorações militares figuram juntos a motivos florais. No corredor que leva a sacristia, alinham-se quadros representando importantes militares provedores e uma série de pequenas placa em memória dos irmãos beneméritos. 

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